terça-feira, 25 de novembro de 2008

Circo de luz




Não se pode mais esperar que as crianças, adultos ou quem quer que seja apareçam nos circos, a magia se exauriu na mesma velocidade que os trapezistas perderam o medo (não se perde o medo nas alturas, apenas o enfrenta-se), que os palhaços esqueceram a sinceridade em cima do picadeiro; não quero ir ao circo e ver motoqueiros dentro de um globo de metal girando, nem quero ver elefantes se ajoelhando para o público, quero ir ao circo e ver luz, cor. Agora está na hora de sair debaixo da empanada, deixar que os palhaços corram pelas ruas, que os acrobatas pendurem seus tecidos nas árvores, que os malabaristas joguem nas praças, que a magia sustente as lonas novamente. E quando estiver nas ruas torcer para que a maior quantidade de pessoas esteja assistindo pelo puro prazer de nos sentirmos envolvidos pelo público que contornaria quase todo um picadeiro se estivéssemos em um, nos dando a sensação de estarmos mergulhados em um mar de rostos pasmos.

que o circo de luz cresça cada vez mais.

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